quarta-feira, 30 de abril de 2014

"Suzano pensando e sentindo..."

Aqui estou em Suzano à noite, reflito sobre o que vivo, porém tento me distrair, um pouco pelo menos, decido sair, onde eu vou?

Nem preciso pensar muito, ao shopping, o tão velho "novo" shopping, recinto dos cidadãos angustiados e desesperados dessa simplória cidade, muitas vezes simplória de ideias e ideais.

Lá estou eu, vou ao cinema, mas antes, como se fosse um virtual macabro, passo no "D’avó", compro um "Doritos" e uma "Coca", e me dou conta como ainda sou uma pessoa com, um resto de sanidade, ao observar pessoas freneticamente em busca do absolutamente nada.

Ou será que não sou sã? Por que aqui no meio de tantas, estou sendo um só número?
Número lastimável de pessoas esquecidas e sem opção de refúgio.

Há uma revista na vitrine questionando Deus e o mundo, intocada. Vou até ela e a folhei-o, não me atrevo a comprar, pois voltará a ser intocada na minha estante.

Ao andar pelos três corredores do shopping me sinto cansada do dia limitado que tive, sento na cadeira de massagem e deposito o último 2 reais que restou. Acaba. Preciso levantar, mas não me resta motivação.

Esse momento, por mais inoportuno que seja me levanto, me retiro, para meu próprio retiro, distante, mesmo o chamando de meu lar.

Caminho de volta, e só o que me resta é observar, e como uma mágica, daquelas que deixam as crianças com um sorriso bobo no rosto, toda essa melancolia que sinto dissipa, com direito a sorriso bobo e tudo...

Então mudo de direção e sigo através do imprevisível!

Ana Carolina Silva de Andrade
Élcio de Almeida Cavalier
Jhenifer Melissa de Oliveira Correia
Letícia Mendonça Ferreira
Thiago Lopes de Sousa
Vanessa Ventura Santos
Vitória dos Santos Silva
3º B
2013

"A mudança do acaso..."

Carlos em mais um dia rotineiro se apronta e direciona-se ao ponto de ônibus, seu velho conhecido. Num caminho, por ele, passam dezenas de pessoas, cada uma com suas características, que para Carlos são abomináveis, de acordo com seu "julgamento".

Ao entrar no ônibus, a caminho do centro de Suzano, procura lugar ao fundo, o mais distante possível; analisando cada novo passageiro, torce para que nenhum deles sente ao seu lado.

- "Êta, mar que passagem cara minino!" Grita um nordestino, petulante, escandaloso. Carlos torce o nariz para o novo passageiro e descobre que é este que lhe fará companhia...

- "Eles num cansa de roubar não?" Disse o nordestino verdadeiramente indignado mais de sorriso simpático no rosto, prestes a iniciar uma amigável conversa, que se entenderia por todo o percurso...

...deu o sinal, acenou tímido para o cara que acabara de conhecer. O ônibus se fora e só restou a Carlos um pensamento: Talvez, eu esteja enganado e as pessoas não sejam como eu penso ser!

Arthur Henrique Condello de Jesus
Daizy Helen do Prado
Elizabeth Miyuki Issi
Felipe Augusto Costa
Isabela de Carvalho Araújo
Isac Santos Andrade
João Paulo Silva Lima
3º C
2013

"Memórias de um esquecimento..."

- Hummm, você tem... Hã... É... O livro “A última música”?
Perguntei ao atendente da livraria.
- Não temos!
Disse o atendente.

- Como assim vocês não tem o livro?! Ele é um clássico da década de 60!!!
- Sinto muito, mas não vamos ter.
Desculpou-se.

Saí da Livraria Nobel, triste por não ter conseguido o livro para o meu amor, o que seria do nosso dia dos namorados?
Resolvi voltar para casa depois de muita procura, mas acabei parando num lugar estranho. Onde eu estava...?

Neste momento, uma pessoa percebeu a questão em minha mente e veio a solucioná-la.
- Precisa de ajuda?

Indecisa se deveria ou não confiar nessa pessoa, já que o local parecia ser perigoso, acabei por decidir deixar a desconfiança de lado e aceitar a ajuda.
- Acho que me perdi no caminho para casa...

- Não há problemas, eu te levo.
Fomos andando e conversando coisas aleatórias, até que estávamos na frente de minha casa.

Agradeci a ajuda e entrei.
Fechei a porta e me senti deslocada, sentia ser um lugar familiar, mas parecia alheia, algo estava errado, diferente.
Comecei a olhar ao redor buscando algo que explicasse a estranha sensação que me tomava.

Olho a estante e vejo um retrato: um casal jovem, sentados no Parque "Max Feffer", parecendo felizes e apaixonados, então finalmente reconheço os personagens da foto, a pessoa que havia acabado de me ajudar e eu.

As lágrimas brotam em meus olhos, quando me recordo da razão de todas as minhas intensas emoções.

Então lagrimosa e sentindo a paixão explodir em meu interior, escancarei a porta e fui ao encontro de meu amor...

Texto sem identificação, caso seja "você" entre em contato para a colocação dos créditos nesta postagem.
3º A, 3º B ou 3º C...?
2013